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segunda-feira, 7 de março de 2011

Rosas...



Tu que me faz sentir um jardineiro,
Sensível, quando te olho, admirando sua beleza mutável,
Que me descreve sua história de dor e glória,
Olho te e sinto minha retina desgastar, de tão longo tempo que fico a te admirar.

Sensorial, quando te toco, sinto todos os sentidos aflorarem,
Deslizo suavemente por sobre sua textura,
Sentindo o relevo da aquarela mais perfeita,
Que um reles mortal possa tocar.

No enigma da mata pálida de meus olhos,
Contemplo em silêncio a diversidade da arte viva.
No paradoxo entre serpente e anjo, uma musa!
Capaz de inspirar aos atos mais sensíveis aos mais desprezíveis.

Dignas de caminhar na passarela do taj-mahal,
Mas é na passarela do matrimonio, que se realiza como uma rainha,
Admirada e cultuada por todos, afirma amor eterno,
Em sua casinha de cercas brancas, perpetua seu castelo de sonhos

Mando te calar a boca
Para que tua sabedoria não se perca a vaidade,
E meus dias não se transforme em orgulho,
E os seus em uma loucura insana.

Que me importa, se sua silhueta é em curvas acentuadas,
Ou em abismos íngremes com acessos escalados por poucos.
Pois o que importa é a beleza de seus atos,
Fazendo de ti o poema de saias mais lindo, que o poeta já compôs.

Não quero o seu ódio, talvez nem queira o seu amor,
Mas quero sim, a noite de céu estrelado de seus olhos,
Com o feixe brilhante, descodificando a verdade de seus sentimentos,
Envolvendo-me na pureza mais concreta que brota de seu peito.

Tu já me destes o que queria,
Deixou me sentir o calor de sua existência.
Com pétalas de rosas mostrou me o caminho
Ao éden e a imperfeição de minha razão,

Sem ti travaram guerras e por ti amaram a paz,
Quando não te via sentia medo,
No passado me senti plenamente seguro,
Foi no tempo que me guardavas no calor de seu ventre.

Como posso não te amar? Se sou um pedaço de ti!
E está em mim! Somos o oposto do mesmo lado.
Quero que me beije, mas não com o suave toque de seus lábios
Mas quero sim a intensidade do beijo divino, que guardas em sua alma.


Sinopse

“Decadência ou Glória” título do romance que se afina com uma atual linha de pensamentos humanistas e espiritualistas, e, tem como foco principal à sobrevivência e reversão dos valores humanos neste século, uma visão contemporânea de toda adversidade entre valores distintos e mundo em evolução tanto no âmbito comportamental como em quebra de paradigmas.
Romance de ficção relata todo o trajeto de uma vida, porém a história é baseada na realidade, relatando as descobertas e os sonhos individuais de cada ser humano, e colocando os personagens muitas vezes em situações limites. Como a própria realidade de seres de uma beleza incrível, que fazem suas vidas valer a pena mesmo estando vivendo em condições totalmente adversas.
O nascimento de Gabriel, uma vida comum, mas com suas experiências próprias. Um órfão que se transforma em guerreiro, virtuoso. Transformando o mundo ao seu redor. Desarmado, inocente, persistente e aventureiro. Buscando os deuses; encontra-os na essência de cada ser vivo que cruza o seu caminho. Não mede esforços para fazer o que acha certo, não tem medo das escolhas. Sofre conscientemente as reações de seus atos, e, aprende com as conseqüências. Reverte o dia ruim pelo bom, faz a vida valer a pena na simplicidade e na humildade, chegando desta forma na supremacia da imortalidade de sua alma. Não procura uma razão lógica para existir; vive simplesmente um dia de cada vez, sabendo que todo segundo é único, com toda a beleza das ações nobres, trazendo na individualidade de seus atos conseqüências coletivas de plenitude e satisfação a níveis humanitários.

quarta-feira, 2 de março de 2011

domingo, 5 de abril de 2009

Escritor

Descrevo o que vi e te revelo o que senti. Acho que já são milhares as noites que passei em claro, enquanto a maioria dorme, eu escrevo, as vezes me falta inspiração e fico a olhar as incontáveis estrelas silenciosas no céu que me fazem companhia. Mas está manhã foi com certeza magica, acabei de escrever meus textos e fui para a varanda olhar sem pretensões o horizonte. Na troca de turno entre o sol e a lua, tive a visão mais linda e a sensação mais intensa que minha alma poderia ousar em acreditar. Vi a montanha luzes amarelas misturada as vermelhas como chamas de fogo por sobre o verde negro das matas, a lua se pondo e sol nascendo até que em meio a meio olhava e na acreditava era a visão maior, meus olhos fixaram naquela beleza inigualável. Senti naquele momento extremamente em paz, tive a certeza que a felicidade não é abstrata é com certeza concreta. Tive dois pensamentos, presente: poderia esperar a vida toda por este momento, valeria com certeza por toda a minha existência, futuro: me vi sentado de frente ao mar, no entardecer aos meus 85 anos, com meus cabelos totalmente brancos, meu rosto todo enrugado, recitando pela primeira e última vez O Poema do sol das águas, e quando terminasse, minha alma deixaria meu corpo e seguiria para a nova consciência, onde minha imortalidade se faria plena. Não sei porque estou escrevendo essa experiência, também não quero questionar o por que? Somente escrevi o que senti e vi, talvez não estivesse sozinho, talvez você estavas a meu lado, você a grande obra de meu criador, o ser de vida comum, semelhante a todos, mas feito exclusivamente por ele, em seus mínimos detalhes. Se um dia sentires medo estenda sua mão, alguém irá com certeza segurar. Talvez nunca venha a falar com você, talvez nunca venha sequer a te olhar, mas quero que saiba, que nunca deixarei de te amar.