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domingo, 5 de abril de 2009

Escritor

Descrevo o que vi e te revelo o que senti. Acho que já são milhares as noites que passei em claro, enquanto a maioria dorme, eu escrevo, as vezes me falta inspiração e fico a olhar as incontáveis estrelas silenciosas no céu que me fazem companhia. Mas está manhã foi com certeza magica, acabei de escrever meus textos e fui para a varanda olhar sem pretensões o horizonte. Na troca de turno entre o sol e a lua, tive a visão mais linda e a sensação mais intensa que minha alma poderia ousar em acreditar. Vi a montanha luzes amarelas misturada as vermelhas como chamas de fogo por sobre o verde negro das matas, a lua se pondo e sol nascendo até que em meio a meio olhava e na acreditava era a visão maior, meus olhos fixaram naquela beleza inigualável. Senti naquele momento extremamente em paz, tive a certeza que a felicidade não é abstrata é com certeza concreta. Tive dois pensamentos, presente: poderia esperar a vida toda por este momento, valeria com certeza por toda a minha existência, futuro: me vi sentado de frente ao mar, no entardecer aos meus 85 anos, com meus cabelos totalmente brancos, meu rosto todo enrugado, recitando pela primeira e última vez O Poema do sol das águas, e quando terminasse, minha alma deixaria meu corpo e seguiria para a nova consciência, onde minha imortalidade se faria plena. Não sei porque estou escrevendo essa experiência, também não quero questionar o por que? Somente escrevi o que senti e vi, talvez não estivesse sozinho, talvez você estavas a meu lado, você a grande obra de meu criador, o ser de vida comum, semelhante a todos, mas feito exclusivamente por ele, em seus mínimos detalhes. Se um dia sentires medo estenda sua mão, alguém irá com certeza segurar. Talvez nunca venha a falar com você, talvez nunca venha sequer a te olhar, mas quero que saiba, que nunca deixarei de te amar.

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